Arte na praça é a vida daqueles que lutam por identidade cultural

Cultura Hippie já é tradição no local

Elton Freitas


Quem passou pela Praça Ary Coelho nesse sábado (10), se deparou com os popularmente conhecidos hippies, artesãos que produzem e vendem seu material ali mesmo. Eles lutam não só pelo direito de comercializar e serem reconhecidos por isso, mas também por uma própria identidade cultural.

É o que relata o artesão Jackson Almeida “Não trabalhamos baseado naquela antiga ideia do hippie, mas com a valorização do movimento e da nossa própria produção, já que atualmente a maioria das pessoas que estão aqui possuem família”, explica.

Em Campo Grande existe a praça dos imigrantes que já foi palco da história da cidade e com o passar dos anos, ficou ainda mais conhecida, por enaltecer e dedicar obras de pessoas de todas as partes do mundo que escolhiam a nossa cidade para viver. Porém segundo Arthur da Silva, atualmente esse local não tem tanta visibilidade, “seria o local apropriado pro nosso pessoal ficar e levantar um dinheiro, mas ninguém vai lá a não ser em festas específicas que são raramente promovidas”.

Já a Praça Ary Coelho fica no coração de Campo Grande, os principais comércios ficam na região, tornando mais viável a venda dos produtos.  “Eu particularmente não venho todos os dias aqui, fico mais nos fins de semana, inicio de mês quando eu sei que as pessoas têm dinheiro e vão parar pra olhar, o segredo é você usar a simpatia para chamar eles e mostrar o que temos que vai desde algo que sirva para decoração até uma simples pulseira”, declara Jackson.

Elizabeth Rodrigues é estudante e disse que passa todos os dias por ali e acha interessante o trabalho deles e a forma como tratam as pessoas mesmo elas não levando nada, “já comprei aqui algumas coisas sempre paro nem se for só para dar uma olhada nos brincos e colares, o que eu mais gosto é a exclusividade, um produto barato e que dificilmente vou sair por ai e ver outra pessoa com um acessório igual o meu”.
A arte presente na praça
Fotos: Camila da Costa