O aborto da cultura nacional

O ato de se comunicar é tão antigo quanto a raça humana. Praticamente não existiria vida sem comunicação, os mais simples gestos, sons e expressões caracterizam esta ação tão importante em nossas vidas

Marcos Maluf

Foto: Montagem Marco Maluf
Não há como negar que o processo ou a ação de se comunicar evoluiu e continua evoluindo de forma extraordinária. Pois bem, ao decorrer desta evolução foram também se desenvolvendo parâmetros sociais de vida (interesses sociais que defendem uma filosofia de vida na qual o individuo se apoia para referência a base de seu desenvolvimento), definição que se resume a palavra CULTURA. Logo a frente ao desenrolar desta teoria, o homem percebe que pode influenciar e também criar culturas, portanto ai esta o ponto de partida para busca ao poder.

Os veículos de comunicação surgiram para informar trazendo noticias imparciais, transparecendo a verdade nua e crua. Baseado nesta linha de raciocínio o poder dos veículos está centralizado no ESTADO que por sua vez criou leis e decretos para garantir o funcionamento do mecanismo em questão. Porem a grande ironia da situação está no momento em que o próprio ESTADO abre concessão de funcionamento, abrindo assim uma enorme cratera de possibilidades para defender e influenciar interesses próprios e ou de cultura específica, unificando o perfil de governo e consequentemente engessando o pensamento da sociedade.

Desde os tempos antigos, com mais intensidade nos anos 60, vários humanos de caráter duvidoso, usaram e usam da força da comunicação como forma de influenciar, e assim se passa até os dias de hoje. Com o surgimento da internet muitos acreditavam que os veículos contaminados perderiam força, como de fato isso ocorreu, mas de forma muito branda, FATO! Pois nem todos têm habito de comparar e filtrar notícias, talvez esse seja um dos pontos cruciais para o começo de uma necessária e grande mudança na era da comunicação.

Deveríamos policiar primeiramente nossa cultura, não podemos esquecer de nossas raízes, expressão que parece ser banal ou moralista, mas infelizmente ainda a quem diga que cultura esta relacionada à televisão, devemos filtrar o entretenimento proposto, valorizar nossa própria maneira de pensar mesmo que seja fútil, nos espelharmos em situações reais de vida, seja crítico, talvez seja impossível dominar o sistema, mas a garantia de mudarmos nós mesmos causa um colapso no jogo de engrenagens governamental.

“Não temos o poder de mudar o poder, temos fome, então comemos e usamos o poder da digestão para eliminar o que não nos alimenta”.
                                                        
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