Praça Ary Coelho já foi cemitério de Campo Grande

Um dos pontos turísticos mais frequentados da capital revela histórias inusitadas

Janaine Mendes

Praça Municipal. Foto: Arca
A Praça Ary Coelho é dos pontos mais visitados em Campo Grande. Com seu parquinho, chafariz, algodão doce e pipoca é a distração de populares, mas você sabia que lá já foi um cemitério?
O primeiro cemitério é datado de 1872, quando a cidade ainda era chamada de Arraial de Santo Antônio e ficava nas imediações de uma igreja. No ano de 1887, a comunidade decidiu transferir o cemitério para o atual bairro Amambaí, onde hoje está localizado o SESI e a Casa da Indústria, e posteriormente então em e 1913 e 1914, o cemitério foi transferido para a região da antiga fazenda Bandeira, que fica onde o cemitério Santo Antônio está até hoje. As informações estão registradas no ARCA (Arquivo Histórico de Campo Grande).

Existem alguns boatos que dizem haver corpos que, de lá não foram retirados. De acordo com o senhor Ivo, um vendedor ambulante que trabalha na praça, há quinze anos, coisas estranhas acontecem por ali sem explicação. Diferente do senhor Euclides Monteiro que frequenta a praça desde 1989, que conheceu o cemitério, nunca viu nada, apesar de ir até o loca comente quando o dia quando está claro, ele garante não ter nenhum tipo de medo.

Após receber vários nomes como: “Dois de Novembro”, data da primeira eleição em Campo Grande. Depois foi conhecido por: Passeio Público, Jardim, Praça Municipal, Praça da Liberdade e, em 1950, Praça Doutor Ary Coelho, que foi prefeito de Campo grande, (ele governou por pouco tempo, nem chegou a fazer um ano de mandato, pois foi morto em Cuiabá) foi aclamado com muitas honras. Acabou homenageado e recebeu um busto na entrada da praça com a escrita: Por um regime de honestidade e trabalho, frase usada na campanha eleitoral da então candidatura.
Pra Ary Coelhoi em 2016. Foto: Janine Mendes

A Praça Ary Coelho é um lugar alegre onde há shows, feiras artesanais, e o chafariz central com luzes encanta quem está por lá e possui espaço para as crianças se divertirem com brinquedos como escorregador balanço e outros. Evelin Cris da Silva trouxe o filho para se divertir e gostou muito do local, sem se inibir com as historias macabras do velho cemitério que um dia ocupou o lugar onde hoje é a Praça.