O ex-presidente da câmera Eduardo Cunha (PMDB-Rio) foi preso nesta manhã (19) em Brasília, na Operação Lava Jato
Sabrina Fernandes
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil |
Foi preso em Brasília nesta quarta-feira (19) o
ex-presidente da câmera e deputado cassado Eduardo Cunha. A prisão preventiva
de Cunha foi determinada pelo juiz Sergio Moro, no processo em que Cunha é
acusado de usar contas na Suíça para lavagem de dinheiro e além de receber
propina de contratos de exploração de Petróleo no Benin, na África.
Moro autorizou a Polícia Federal (PF) entrar na
residência de Eduardo Cunha para fazer a apreensão. O ex-presidente da câmera
embarcou no aeroporto de Brasília em um avião da PF, que seguirá para Curitiba
onde ficará preso.
Eduardo Cunha tinha perdido em setembro o foro
privilegiado com a cassação do seu mandato, então, o juiz retomou o processo
que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (13) da ultima
semana. Na segunda-feira (19) o juiz
intimou Cunha, dando 10 dias para que o os advogados de ex-deputado
apresentassem sua defesa. Sergio Moro é o responsável das ações da Operação Lava Jato, onde muitos envolvidos já foram presos,
além de Cunha.
Segundo o Ministério Público federal (MPF) Eduardo
Cunha representa risco á instrução do processo e á ordem pública. Os
procuradores do processo cogitaram que havia “Há possibilidade concreta de fuga
em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior”, Cunha possui
dupla nacionalidade e passaporte italiano.
De acordo com os procuradores, a prisão do
ex-presidente da câmera foi embasada nas atitudes de Cunha em atrapalhar as
investigações, na qual foram listadas todas as atitudes do ex-deputado.
Entre muitas atitudes de atrapalhar, Cunha também
foi preso segundo a polícia federal por um empréstimo que teria sido fraudado
entre Claudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha e Francisco Oliveira da Silva,
presidente da Igreja Evangélica Cristo.
Os advogados de Cunha divulgaram uma nota onde o
ex-presidente da câmera afirma que a decisão que resultou em sua prisão é
“absurda” e “sem nenhuma motivação”.