Os fãs de festas com álcool à vontade podem ficar tranquilos: continua fazendo mal, porém uma descoberta pode diminuir os riscos de desenvolver doenças no fígado
Rayanne Cubel
Foto: IStok |
Se existe uma parte
do corpo humano que sofre com os drinks do dia a dia é o fígado. Para quem
abusa da bebida, aos poucos, o álcool leva o órgão a ficar inflamado e começar
a processar mal as gorduras, esse processo acaba levando a famosa doença
chamada cirrose. Porém os cientistas encontraram uma maneira de conseguir
“reprogramar” o fígado para conseguir prevenir e tratar os danos causados pela
bebida.
Os cientistas ainda
não conseguiram entender completamente como a doença hepática alcoólica se
desenvolve, porém há teorias de que poderia ser pelo excesso da bebida
alcoólica por conta dos seus altos níveis do antioxidante Glutationa (GHS).
Conforme a Glutiona no fígado diminui, radicais livres que são produzidos em
excesso mais conhecidos como oxidativo faz com que o órgão seja prejudicado.
Em um novo estudo
internacional, pesquisadores japoneses e americanos chegaram a uma conclusão
bem contraditória a anterior. O experimento foi composto de ratinhos
geneticamente modificados. Onde houve uma manipulação do DNA que levava os
animais a produzirem apenas 15% da GHS encontrada geralmente no fígado de um
rato normal. Após esses ratos passarem seis semanas consumindo teores
alcoólicos todos os dias, como o esperado, o estresse oxidativo aumentou nos
animais.
De acordo com os
cientistas houve uma surpresa, eles passaram a exercer um efeito protetor no
organismo dos animais. Os animais com GHS baixa tinham fígados mais resistentes
devido a acumulação de gorduras, sendo um processo chamado de Esteatose, que é
um dos principais sintomas da doença causada pelo fígado.
Essa análise do
experimento pode mostrar uma determinada ligação da GHS reduzida com a super
ativação da enzima AMPK, essa enzima ajuda a regular os gastos de energia e a
queimar as gorduras do organismo. Os pesquisadores querem conseguir entender
mais sobre a relação dos GHS, estresses oxidativos e a gordura no fígado para
poderem desenvolver medicamentos que sejam capazes de tratar a cirrose e poder
diminuir os casos da Doença Hepática alcoólica causada pela alta ingestão de
álcool.