Vítima e autor mantinham relacionamento. Crime ocorreu na noite do último domingo (16)
Paulo Garcia Vieira
Foto: Cleber Gelio/ Midiamax |
O
PM aposentado acusado de matar Kátia Campos Valejo, de 35 anos, apresentou-se
para depor sobre o crime ocorrido no último domingo (16). O depoimento foi
prestado nessa quarta-feira (19) na DEAM (Delegacia especializada de
Atendimento à Mulher).
No
depoimento prestado, o policial que não teve o nome revelado diz ter agido em
legitima defesa. De acordo com o advogado José Roberto Rosa, seu cliente teria
conhecido a vítima há três meses em uma conveniência e desde então veio
mantendo contato com ela. Os dois iniciaram um relacionamento esporádico,
marcando encontros sexuais sem nunca houver cobrança pelas noites que passavam
juntos.
Na
noite do incidente, o policial afirma que Katia teria chegado por volta das
20h30 o convidando para tomar cerveja. Ele teria permitido a entrada da mulher
à sua casa e juntos consumirem quatro latas de cerveja no total. Eles
mantiveram relações sexuais, e em seguida, o autor teria ido tomar banho, onde
fora surpreendido pela mulher portando sua arma de fogo.
Os
dois teriam entrado em uma luta corporal e o policial teria conseguido tomar a
arma das mãos de Kátia, efetuando então quatro disparos que a acertaram na
região da cabeça e tórax. O advogado explica que “não tem como falar que os
tiros são acidentais” e “temos de entender o estado emocional dele, a situação
que se encontrava”.
O
autor nega ter feito uso de entorpecentes no dia do crime, mas que a vítima
teria chego à sua residência com aparência de ter usado alguma droga. No local
do crime foi encontrado um cachimbo usado para consumo de crack.
Depois
de assassinar a mulher, ele teria abandonado o corpo na casa e levado a arma
para a casa da filha. Depois, escondeu-se em um sítio de um irmão, saída com
Rochedo. Para a delegada Fernanda Félix, os disparos são claramente
intencionais. O laudo necroscópico e do local do crime deve ficar pronto em
torno de trinta dias.