Quanto maior o cérebro, mais longos os bocejos aponta experimento

Cientistas descobriram que o tamanho do cérebro tem correlação com a duração de segundos de um bocejo, isso foi percebido na comparação de varias espécies

Rayanne Cubel

Foto: IsTock
Estudiosos da State University Of New York at Oneonta, descobriram que existe uma sincronia entre a duração dos bocejos com o tamanho do cérebro de diversas espécies. O experimento analisou o tamanho da massa cinzenta de aproximadamente 19 tipos de mamíferos sendo, elefantes africanos, coelhos, ratos, cavalos e por fim seres humanos. Quem geralmente ficava com a boca aberta mais tempo durante o bocejo tinha um cérebro proporcionalmente maior.

Primordialmente é necessário entender porque bocejamos, aliás, para que serve o bocejo. De acordo com uma das teorias mais contingentes é que ele ajuda a esfriar o cérebro, no caso, abrir a mandíbula e poder inalar o ar ajuda a diminuir a temperatura do crânio.

Bocejar aumenta significativamente a circulação do sangue no cérebro, substituindo o sangue com maior temperatura da cabeça por um mais frio que vem diretamente do sistema cardíaco.  Já em outra teoria afirma-se que o hábito serve para retirar o cérebro de alguma distração para poder manter-se a uma atenção total focada para algo.  

Foram analisados cerca de 205 bocejos de 117 animais, sendo 24 espécies diferentes. Nessa corrida maluca, nós saímos ganhando, os cientistas conseguiram registrar uma média de bocejos humanos de 6,5 segundos, a mais longa de qualquer outra das espécies analisadas. Depois dos seres humanos, o segundo maior bocejados foram os elefantes africanos, os chimpanzés, os camelos e por fim os elefantes marinhos, essa ordem acompanha os tamanhos relativos dos cérebros.

Uma outra descoberta dos cientistas foi que, o tamanho da mandíbula não tem nenhuma correlação com a duração dos bocejos, até porque leões e cavalos nem chegaram perto da duração dos bocejos como dos seres humanos. ”Nossa hipótese é que a variação dos bocejos entre as espécies ajude a prever diferenças neurológicas importantes”, escreveram os autores do estudo, Andrew Gallup, Allyson Church e Anthony Pelegrino.