Especialistas falam sobre os cuidados necessários para que os internautas evitem problemas com as redes sociais

A queda no preço dos computadores e a redução do custo do acesso à internet são alguns dos fatores da crescente entrada de brasileiros no mundo virtual

Lene Fernandes

Foto: Internet
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) mostrou que existem mais de 70 milhões de internautas no país. É muito grande o sucesso dos sites de relacionamentos como Facebook e Twitter, onde os principais representantes dessa categoria estão no Brasil.

Por meio desses sites é possível trocar informações com pessoas de todo o mundo, porém é preciso tomar cuidado no ambiente social e cibernético, pois a facilidade de compartilhar informações trouxe consigo uma série de inconvenientes com os quais os usuários precisam aprender a lidar.

Um deles é o perigo do compartilhamento e exposição de informações pessoais, tendo como exemplo o facebook, que hoje é considerada a rede social de maior sucesso no mundo. Nele uma pessoa pode ter até 5.000 mil “amigos”, que na maioria são apenas “conhecidos”, o grande problema é que qualquer informação ali compartilhada podem ser vistas não apenas por seus amigos, mas também pelos amigos de seus amigos e assim por diante, sendo impossível prever o seu alcance.

Mesmo que o usuário opte por manter seus dados em sigilo, ele pode ser surpreendido pela divulgação de suas informações pessoais devido às falhas sistêmicas de segurança.

Sobre isso o advogado Guilherme Rocha, que é especialista em direito digital e Segurança da Informação, afirma que todo cuidado é necessário, pois essas falhas de segurança podem levar ao vazamento de informações importantes. “As informações dos usuários talvez estejam sendo compartilhadas ou vendidas a terceiros pela própria rede social. Às vezes, é interessante a pessoa efetuar uma busca na web para saber se estão usando indevidamente seu nome”, diz Guilherme.

Quando o assunto é crianças em redes sociais os cuidados precisam ser redobrados, de acordo com pesquisas feitas pela SaferNet Brasil, uma associação civil que combate crimes e violações aos Direitos Humanos na internet, 75% das crianças e adolescentes de 10 a 15 anos usam a internet e 27% das crianças com idades entre 5 e 9 anos  já tem contato com a rede.

Segundo a psicóloga Cristiane Lessa, a participação dessas crianças em atividades virtuais deve ser acompanhada pelos pais. Para ela tanto a internet, quanto as redes sociais devem ser usadas dentro de alguns limites e os responsáveis precisam estar atentos pelos conteúdos acessados pelos filhos, sabendo com quem eles conversam nas redes sociais. “Os pais devem mostrar aos filhos que o mundo não se resume só em computador”, ressalta Cristiane.

A jornalista e escritora Pollyana Ferrari alerta ainda para uma questão muito importante envolvendo redes sociais, o seu futuro profissional. “Hoje, quando alguém participa de um processo seletivo, a primeira coisa que uma empresa faz é pesquisar o seu nome no site de buscas Google, assim uma pessoa pode ser eliminada de um processo seletivo, apenas pelas informações colocadas nos perfis nas redes sociais”, afirma Ferrari.