O câncer de mama representa o principal tipo de câncer na mulher, mas existem algumas regiões do nosso país que a probabilidade de casos é maior
Lene Fernandes
Foto: Internet |
O
câncer de mama geralmente apresenta um bom índice de cura, principalmente
quando é diagnosticado precocemente. Geralmente o tumor se inicia na mama, pode
atingir a axila e até mesmo aparecer em outros órgãos, fato também chamado de
metástases. Mas o que determina a forma de tratamento será a extensão do tumor,
para isso são indicadas medidas de autocuidado da mama como o autoexame e a
mamografia.
Segundo
dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, o câncer
de mama é o tipo de câncer mais comum e
que mais mata mulheres em todo o mundo (a lista não inclui o câncer de pele não
melanoma, que também tem grande número de casos).
Esse
é o segundo tipo de tumor maligno mais incidente entre as brasileiras, atrás
apenas do câncer de pele não melanoma. Embora sejam considerados raros, o
câncer de mama também pode afetar os homens.
Existem
diferenças na quantidade de casos da doença nas diferentes regiões do Brasil. O
maior número de casos ocorre na região sudeste, seguindo da região sul,
centro-oeste, nordeste e em último lugar a região norte. Estas diferenças provavelmente estão
relacionadas ao desenvolvimento e industrialização, pois segundo as pesquisas, quanto
maior o desenvolvimento da região maior será o número de casos de câncer de mama. Isso se deve principalmente a uma sociedade
industrializada, consumo de alimentos inadequados, excesso de peso e até mesmo
o estresse.
O
câncer de mama aparece geralmente como uma massa ou palpável, após a
identificação esse material é encaminhado para a biópsia a fim de confirmar o
diagnóstico. O fato é que nem toda a massa é câncer, porém na presença de uma
massa ou tumoração, a mulher deve procurar um profissional capacitado como o ginecologista
ou mastologista para diagnósticos mais precisos.
Outros
sintomas menos frequentes são o endurecimento mamário, a presença de secreção
pelo mamilo com aspecto de água de rocha ou sangue e o aparecimento de gânglios
axilares.
O câncer de mama é
dividido em quatro estágios, conforme a extensão da doença, que vão do 0 ao 4:
·
Estágio 0: As células
cancerosas ainda estão contidas nos ductos, por isso o problema é quase sempre
curável;
·
Estágio 1: O tumor está
com menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila;
·
Estágio 3: O nódulo está
com mais de 5 cm e pode alcançar estruturas vizinhas, como músculo e pele,
assim como as glândulas linfáticas. Mas ainda não há indício de que o câncer se
espalhou pelo corpo;
· Estágio 4: São tumores
de qualquer tamanho com metástases e, geralmente, há comprometimento das
glândulas linfáticas. No Brasil cerca de 60 a 70% dos casos são diagnosticado nos
estágios 3 ou 4.
Os principais fatores de risco
para o câncer de mama são histórico familiar,
idade, menstruação precoce, menopausa tardia, colesterol alto, obesidade, ausência
de gravidez, lesões de risco e tumor de mama anterior.
Para o Dr.
Jorge Manaia autoexame a mamografia são as formas mais eficazes de detecção do
câncer de mama. “Não se pode prevenir o seu aparecimento, mas é possível fazer
o diagnóstico precoce, ou seja, descobrir o problema na fase mais inicial
possível. Nesses casos, quando essas lesões são identificadas e com o
tratamento, a cura chega a 100%”, garante.