Instabilidade política prejudica criação de novos negócios em Campo Grande

Apesar do número de empresas constituídas e abertas terem crescido as extintas seguiram o mesmo ritmo

Alana Regina

Que o Brasil está enfrentando uma grave crise política todos sabem, agora o que poucos entendem, é que essa situação prejudica também o desenvolvimento e o crescimento econômico do país. Campo Grande mesmo, neste primeiro semestre 1.386 empresas fecharam as portas, um aumento de 2,81% com relação ao mesmo período de 2016. Conversando com alguns empreendedores e uma economista, eles explicaram os motivos da decisão e como esse cenário de instabilidade política abala os negócios na Capital.

Entre os comércios que se destacaram inicialmente em Campo Grande, mas que não deu muito certo está o Emporium do Mar. O restaurante apresentava em seu menu, vários pratos com frutos do mar e durou cerca de três anos, porem no mês passado, o local encerrou os atendimentos. Quem conta melhor o caso é o empresário Arthur Oliveira, proprietário do estabelecimento.

“O restaurante ficou ativado durante três anos e dois meses, mas acabamos fechando por falta de mão de obra qualificada. É muito difícil de encontrar. Teve também o processo de cassação da presidente afastada Dilma Roussef e isso fez com que a economia praticamente parasse”, disse.

Movimento fraco prejudicou o andamento dos negócios, diz empresário

O empresário relata que sofreu com o pouco movimento dos clientes, devido a localidade do restaurante. Diferente de outros empreendimentos o famoso Emporium do Mar, estava localizado numa região mais afastada do centro da cidade, o que dificultou ainda mais o andamento dos negócios.

“Meu negócio sentiu mais porque estava longe do centro, talvez ele estivesse no centro estaríamos abertos até hoje”, informou Oliveira. Sobre a possibilidade de novamente investir no restaurante, o empreendedor declara que tem vontade de voltar à ativa, mas acredita que com a economia nesse atual momento vai ser difícil.

Referente aos investimentos do empresário no local, Arthur Oliveira revela que para a construção e ativação do restaurante o investimento foi alto, passando o valor de R$ 1 milhão. “Passou um pouco. Agora com ele fechado a minha preferência é vender o prédio”, afirmou. Além do restaurante, Oliveira ainda tem uma corretora de seguros e atua no mercador segurador há 29 anos.

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