O descrédito da imprensa

A imprensa vem perdendo a credibilidade com a chegada da era moderna. Já se foi o tempo em que o principal meio de se obter uma informação era lendo um jornal ou escutando a rádio

Norton Soares

Foto: Impact HUB Curitiba 

A difusão da notícia ainda é tarefa da imprensa, mas os meios de produção e de destino ao público se tornaram bem ecléticos. Qualquer cidadão pode ter acesso ou transmitir a um veículo de comunicação um “furo” com a ajuda de um celular.

Assim como podemos confrontar um assunto rapidamente com ajuda da internet, colocando a imprensa em um local delicado de fala onde empresas devem atender aos interesses de seus patrocinadores, mas ao mesmo tempo tem que se manter fiel a veracidade dos fatos.

Esse confronto tem sido notado, diversos veículos tem sido alvo de reclamações por parte dos espectadores, a Rede Globo é a mais afetada, por ser o principal veículo de comunicação brasileiro. Um caso que repercutiu bastante foi a sua cobertura unilateral de manifestações, na internet correu diversas discussões sobre a empresa, além de gerar vários “memes” que acabam voltando para as manifestações em forma de cartazes.

Mas a credibilidade não cai apenas para alguns veículos. O nome de toda a imprensa vem sendo manchado, principalmente no Brasil, criou-se uma cultura de desconfiança perante o jornalismo, tanto da parte de quem é entrevistado, quanto do público consumidor.

Segundo pesquisa CNT/MDA realizada em  2015 foi constatado que a opinião da população em relação a mídia, tem sido negativa e por outro lado nesse ano o Observatório de Imprensa constatou um grande crescimento na informação online através do artigo “Cerca de 70% dos brasileiros ativos no Facebook se informam pela rede social” .

O dia da imprensa é oficialmente comemorado em 01 de Junho, mas muitos ainda celebram a ocasião na sua antiga data, 10 de setembro devido a sua importância emocional, a primeira circulação do Jornal Gazeta do Rio de Janeiro, a mudança de dias ocorreu em 1999 devido ao lançamento do jornal clandestino Correio Braziliense três meses antes.

Essa excessiva exposição e verificação da mídia nos tempos modernos têm um grande papel no combate à difusão de notícias “fake”, calúnia ou sensacionalismo mas também produz uma difusão gigantesca de informações, que dificultam a produção de materiais originais ou exclusivo, criando uma necessidade de se chamar a atenção por parte dos veículos que acabam optando pela mentira.

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