Esse hobby começa a atrair a atenção das pessoas na nossa capital
Andrea Patino
Foto
reprodução:(Cleber
Gellio/Midiamax)
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Campo
Grande conta com quase 400 espécies de aves que cantam e encantam com suas
belezas, um número considerado grande levando em conta que vivem em meio a
poluição e ao concreto. O amanhecer em Campo Grande é algo mágico, dessa forma
somos presenteados com a beleza e maestria dos cantos e farras que fazem
expressando alegria. Somos contemplados ao ver uma arara no céu a qualquer hora
do dia, Tucanos ou Sabiás e várias aves que formam um conjunto de belezas
naturais.
Ao
passar na avenida Fernanda Corrêa Da Costa o que chama a atenção é um
Sococó-Dorminhoco, também chamado como Savacu, um pássaro grande que sobrevoa o
córrego, espécie típica do serrado, mas que também completa essa beleza natural
em nossa capital, seu refúgio fica perto do córrego, pois é um pássaro que
gosta de água.
Um
belo presente para quem passa no local. A bióloga Simone Mamede explica que a
enorme quantidade de árvores, parque e áreas de preservação coopera para a
tamanha adversidade dessas passaradas. Sócia-diretora do Instituto Mamede de
Pesquisa Ambiental e Ecoturismo, destaca que o campo-grandense é um privilegiado
por tal demonstração da natureza.
“Ainda
podemos encontrar outras em Campo Grande espécies exóticas e raras, como o
Gavião- Pega –Macaco, a Murucututu, o Gavião–Pato e o Bico De Pimenta. Também
podemos encontrar o Rapazinho do Chaco, já que ele é mais comum em Porto
Murtinho.É uma capital com muita biodiversidade” completa Simone.
Vivemos
na capital do turismo de observação com tantas aves, um programa inclusive para
especialistas e está previsto para o mês novembro o próximo evento de
observação de aves.
No
último evento ocorrido em março deste ano, Campo Grande recebeu um importante
estímulo e valorização. Foi instalada no Parque do Prosa, uma placa de
identificação de aves, que traz o nome cientifico, o nome popular e informações
das espécies que podem ser encontradas na área. O IMASUL (Instituto de Meio
Ambiente de Mato Grosso Do Sul) é responsável por essa segunda unidade de
conservação e a receber esse tipo de equipamento, sendo que o primeiro foi o
Parque Estadual das Várzea do Rio Ivinhema.
O Risco no refúgio
Segundo
a bióloga Simone Mamede, a beleza dessas aves encobre o problema no
ecossistema, como a destruição de seus habitats e caça predatória fazendo disso
um desafio à sobrevivência dessas espécies que acabam encontrando refúgio na
cidade.
E
não para por aí, por estarem em área urbanas eles ainda ganham outras ameaças
como os vidros espelhados. As vidraças com reflexos confundem os pássaros que
vem a continuidade do céu e acabam se chocando nessas construções. Os fios de
alta tensão e que não tem proteção também são preocupantes. Segundo a bióloga
existem muitos registros e esse é o maior desafio.