Sem encontrar o corpo de Kauan, polícia encerra investigação na Capital

O menino desapareceu em junho deste ano e a procura tomou força após revelação da morte 

Alana Regina

A Polícia Civil de Campo Grande concluiu o inquérito, hoje (15), que investigava o desaparecimento de Kauan Andrade Soares dos Santos, nove anos, em junho deste ano. O menino que teria sido atraído por um adolescente à casa do professor, Deivid Almeida Lopes, 38 anos, foi brutalmente violentado e morte na Capital, contudo o corpo não foi encontrado pela. As apurações encerraram três meses após do sumiço de Kauan.

O titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), delegado Paulo Sérgio Lauretto, resolveu ainda encaminhar o caso do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, sem realizar a comparação do resultado do DNA do sangue encontrado na casa do acusado, com o material coletado do pai do menino, que está preso em São Paulo.
Conforme o delegado, quando o resultado final do exame chegar à Capital será entregue ao MPMS, entretanto, mês sem a confirmação, nada impede o encerramento do caso. O caso ganhou força depois que um adolescente confessar ter atraído à vítima a casa do autor do crime.

As revelações deram novos rumos ao caso, e às investigações e buscas pelo corpo de Kaun iniciaram na cidade. A cada momento um novo desfecho da história, em agosto quatro adolescentes, entre 14 e 16 anos, afirmaram a polícia que o menino teria sido abusado sexualmente e esquartejado por Deivid.

Segundo as informações dos adolescentes, o caso teria acontecido no dia 15 de junho deste ano. Os meninos confessaram ainda a polícia, que também teriam sido estuprados pelo professor e que o mesmo os obrigou a testemunharem o crime e praticar necrofilia- sexo com cadáver, de Kauan.


O caso

As primeiras informações para o início das buscas pelo corpo, um dos adolescentes informou que Kauan teria sido jogado no rio Anhanduí, mais tarde, novo desfecho mudou o rumo das apurações. Conforme as investigações, o autor teria esquartejado o menino duas vezes antes e enterrado o corpo em outro local.

Na casa do professor, a perícia encontrou uma grande quantidade de sangue. Segundo o delegado Lauretto, com uso do luminol vestígio de sangue foi detectado na cama do professor, marcas de arrasto de corpo até uma edícula e no local, manchas nas paredes.  

Tudo passou por exames, mas devido às tentativas de limpeza, o material para o DNA foi se desgastando. Mesmo com as dificuldades, os laudos comprovaram que o sangue é humano e masculino, contudo não poderia afirmar ser de Kauan. De acordo com a polícia, um dos exames foi compatível com um dos irmãos da vítima, que afirmou nunca ter ido até a casa do autor.

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