Festival de comunicação lacra com foco na realidade regional

O evento realizado entre os dias 24 e 26 de outubro buscou aguçar o interesse dos acadêmicos para o mercado de trabalho no estado apresentando um verdadeiro leque de oportunidades


José Cunha e Tainan Gama

Acadêmicos compareceram em peso aos três dias de Festival
Foto: José cunha
O Festival de Comunicação promovido pela Universidade Uniderp que reúne o 12º Furacom e o 11º Jornalide neste ano de 2017 trouxe aos acadêmicos dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Tecnologia em Produção Multimídia o tema: Realidade Regional, que segundo a coordenadora dos cursos Raquel Andrés Caram Guimarães, foi totalmente assertivo ao ser definido e planejado pensando na educação de qualidade e no preparo dos alunos para o mercado de trabalho aqui mesmo no Estado, com responsabilidade e atentando para a importância de fazer com que os novos profissionais atuem em suas áreas com muita propriedade. 


“Para valorizar o nosso estado, valorizar os egressos e o mercado de trabalho regional alinhado exatamente a empregabilidade que nós estamos pensando para os alunos, nós temos potenciais incríveis aqui no estado, temos alunos que já são inseridos no mercado de trabalho ou que procuram uma oportunidade e a gente quer exatamente resgatar e estimular a confiança nesse mercado, então a Realidade Regional é pensando exatamente na valorização do nosso centro”. - Enfatizou a coordenadora.

Segundo o professor do curso de Jornalismo, Clayton Sales trazer experiências é sempre muito importante para que os alunos compreendam quais são os diversos segmentos de mercado na área da comunicação e na produção em multimídia, frisando muito bem a extrema importância do tema Realidade Regional dentro de todo o contexto, pois os palestrantes são pratas da casa e contaram as suas experiências no mercado aqui de Mato Grosso do Sul.

“Embora a gente não possa se desconectar dos cenários nacional e internacional é evidente que discutir a realidade regional profundamente em três dias de evento dedicados a isso se torna também parte desse aprendizado”. – Completou Clayton Sales, que espera que os acadêmicos e professores guardem na memória tudo que foi compartilhado durante o festival.
Descrevendo a importância do Festival aos acadêmicos a professora Angélica Sigarini, que foi uma das principais responsáveis pela organização do evento frisou a importância de trazer essa realidade para dentro da universidade mostrando aos futuros profissionais que o mercado interno também pode ser amplamente atrativo, tendo em vista o alto potencial turístico, cultural e gastronômico e também pelo fato do Estado ser o portal do pantanal, que abriga uma enorme riqueza em biodiversidade, além de ter toda uma questão de preservação e consciência ambiental. 

Falando sobre a adesão dos acadêmicos ao festival, Angélica disse estar muito contente com o resultado que foi um sucesso, superando todas as expectativas. Ela acredita que essa oportunidade possa fazer com que os futuros profissionais da comunicação atuem fazendo aquilo que escolheram sem precisar buscar fora aquilo que podem fazer regionalmente.

Jornalista Claudia Gaigher e egressos da universidade falaram sobre mercado regional para o Jornalismo


Claudia Gaigher encantou a plateia no primeiro dia
Foto: José Cunha
Abrindo a primeira noite de Festival, a jornalista Claudia Gaigher da TV Morena que é natural do Espirito Santo onde se formou em jornalismo pela Universidade Federal do Espirito Santo. Ela contou que iniciou sua carreira em uma TV local até chegar a Rede Globo em 1997. No ano seguinte, foi indicada pela emissora para trabalhar como repórter do Jornal Nacional, da afiliada de Mato Grosso do Sul e como sempre gostou de ter novas experiências veio morar em Campo Grande e se encantou pelo lugar. 

Apaixonada pelas belezas naturais do Estado ela contou que sempre busca sugerir pautas à Rede Globo que evidenciem as maravilhas do Pantanal citando como uma das principais uma em que ela nada com as Sucuris no Rio Formoso. Além disso, ela ainda destaca que sempre procura abordar os problemas cotidianos para que o público brasileiro tome conhecimento daquilo que é realidade no Mato Grosso do Sul.

Na segunda noite de palestras, Isabela Ferreira formada em jornalismo pela Universidade Uniderp, atua atualmente na assessoria de imprensa. Falou sobre o começo da atividade no ramo e os motivos pelos quais ela optou pela área, onde o profissional passa a ser multitarefas e muitas vezes acabam tendo que fazer um pouco de tudo. Concluindo falando sobre empreendedorismo. Proprietária da Reconta Assessoria e Conteúdo deu importantes dicas para um bom assessoramento e contou um pouco sobre as suas experiências para encerrar.


Coronel Álvaro Duarte fala sobra a comunicação militar
Foto: José Cunha
No último dia de festival a apresentação de Banda do Comando Militar do Oeste abrilhantou ainda mais o evento. O Coronel de Infantaria e Chefe da 5ª Seção do CMO, Álvaro Duarte mostrou a complexidade do sistema de Comunicação do Exército Brasileiro e se colocou à disposição dos futuros jornalistas para qualquer assunto referente à comunicação com as forças armadas.






Egressos batem papo com os acadêmicos de Comunicação
Foto: José cunha

Fechando a noite para encerrar o festival com chave de ouro, houve uma mesa redonda entre profissionais já formados nos três cursos oferecidos pela instituição e egressos da Universidade Uniderp onde puderam apresentar um pouco do seu trabalho nas áreas de atuação. Destaque para os jornalistas Fernanda Freitas da Mídiativa Assessoria e Wagner Jean da Blink FM.







Fernanda ressaltou a importância dos professores em seu processo de formação. Ela citou os nomes de vários deles e creditou a eles grande parte do sucesso que vem tendo à frente da sua agência de assessoria. “Durante o curso eles estavam sempre comigo, me dando suporte em tudo que eu precisava e sempre me observando para ver se eu realmente tinha aprendido tudo certinho” lembra.



Ainda como acadêmica de jornalismo ela estagiou na TV Pantanal e falou o quão gratificante foi receber o convite e voltar para passar um pouco da sua realidade e sobre o mercado de trabalho e também sobre empreender no jornalismo, atuando dentro de Mato Grosso do Sul. Aos futuros colegas ela desejou sorte e deixou uma mensagem: “Façam os laboratórios, participem das palestras, estágio é importante, a rádio, tv, quando vocês chegarem ao mercado de trabalho a mínima experiência que tiverem vai se extensa perto do que vocês vão viver lá”. 

O jornalista Wagner Jean que sempre procura manter contato com a universidade mesmo após o término do curso relata que ao longo de sete anos retornar ao universo da faculdade ainda é algo fascinante. Ele disse que nem sempre a seriedade é necessária para que sejam retidas as informações, segundo ele, o humor ou o jeito mais leve também faz parte dessa forma de se comunicar, ainda mais para ele que atua no rádio onde é mais difícil a pessoa parar para ouvir. “As vezes a piada que você faz é o que a pessoa vai gravar, é o comercial ou a notícia que ele vai lembrar, é uma outra forma de se trabalhar. ” 


Um panorama aos olhos de quem participou


A acadêmica do 8º semestre de jornalismo, Naira Pache acredita que ao final do festival tanto ela quanto os colegas devem despertar a visão de que não devem se limitar ao pensamento de que só se alcança o sucesso profissional partindo para outros estados e que aqui também existem diversas oportunidades e que as pessoas devem valorizar o local onde estão e tentar se encaixar dentro dessa realidade.

“Um festival assim como esse ajuda muito os alunos a ter uma visão mais ampla e melhor do mercado e dos profissionais, pois às vezes só se vê o lado do glamour da televisão e acha que é tudo muito fácil, mas não é assim. São fins de semana de trabalho e muita ralação por trás disso” – relata.




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