Memorial da Cultura Indígena é revitalizado em Campo Grande após cinco anos


O espaço foi criado em 1999, mas sofreu degradação ao longo do tempo e chegou há ficar cinco anos fechado


Norton Soares
Foto: Bruno Henrique


Na manhã desta terça-feira (27) ocorreu uma cerimônia no bairro Tiradentes, a reabertura do novo memorial da cultura indígena. Recheada de referências histórica a cerimônia homenageou a fundadora Enir ‘Terena’ Bezerra, a primeira cacique de uma aldeia urbana do país, falecida em junho de 2016.

A revitalização encerra período de cinco anos no qual o Memorial permaneceu fechado, o atual cacique Daniel Silva, que é filho de Enir Terena, destacou a importância do local para a valorização da cultura e história da população, que em sua maioria é de etnia terena.

O espaço foi criado em 1999, construído com bambu tratado, coberto com palha de bacuri e possui área total de 340 metros quadrados. Localizado na única aldeia urbana do país, construída pela prefeitura, com 135 ocas constituindo o Conjunto Habitacional Marçal de Souza, residência de famílias da nação Terena que trocaram as reservas pela vida na cidade. É um espaço que resgata a cultura indígena, com acervo variado de cerâmica Terena, artesanatos em palha, telas e abajures com material e motivos indígenas, além de literatura específica. 

Foto: PMCG

A verba destinada na revitalização do Memorial veio de uma parceria do município com o Governo do Canadá, que conta com um fundo de investimento para cultura indígena, foi destinada cerca de 80 mil reais para a ação. No local será promovido a reabertura do Bazar de Artesanato e a realização de cursos contínuos de Dança, Música e Artes Indígenas para todas as comunidades de Campo Grande e dará continuidade ao programa de qualificação da população indígena urbana do Município.

No memorial vão ficar expostos artesanatos feitos em aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul. A intenção é que o espaço seja um ponto turístico para valorizar a cultura e gerar renda.