Calvície atinge 10% dos jovens entre 20 e 30 anos
Nathalia Pelz
Um assunto que preocupa mais aos
homens e não por acaso, a estimativa é de que a calvície atinja 10% deles entre
os 20 e os 30 anos. A OMS (Organização Mundial de Saúde) fecha a conta: metade da
população masculina do planeta terá algum grau da disfunção até os 50 anos.
O cirurgião plástico César Aníbal
Aguiar Benavides, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro
internacional da American Society of Plastic Surgey, declara que a
calvície dá os primeiros sinais ainda na adolescência, e na mulher pode surgir
devido a procedimentos estéticos em excesso. “A calvície, ou seja, a perda
capilar na maioria dos casos começa a se manifestar mais precocemente aos 18
anos, coincide com algumas fases da vida como vestibular, faculdade e estresse,
não é só em homem essa perda não, nas mulheres também é possível principalmente
devido tonalizante, escova, química”.
César contou ainda que os fatores
genéticos do pai e da mãe influenciam na perda capilar. “Os pacientes que
possuem tendência a calvície devido alguns fatores genéticos, que não vêm só da
linhagem genética da mãe mais também do pai, por isso é possível ver em alguns
casos de gêmeos um deles com a tendência clara a calvície precoce, e outro
não”.
Segundo o especialista, a população
jovem é a que mais está sofrendo com essa perda capilar, pois sofrem pelos
padrões pré-determinados e não tem o psicológico preparado. “O paciente mais
jovem ele tem uma expectativa maior, e isso é muito perigoso até delicado na
verdade, pois até atingir uma determinada idade não estão psicologicamente
preparados para algumas frustrações, dentro do que é essa cirurgia
eventualmente pode causar. Nós para termos um resultado bom não dependemos
apenas da quantidade de fios transplantados mais também da espessura dos fios”.
Para o especialista hoje existem
diversas maneiras de frear essa queda de cabelo e fortalece-lo pelo maior tempo
possível, se comparado de 15 a 20 anos atrás, a tecnologia desses procedimentos
evoluiu muito.
Ele ressalta que já foi
cientificamente comprovado algumas opções para diminuir essa queda de cabelo,
uma delas é as finasterida, opção medicamentosa. Que possui diversas
controvérsias sobre os efeitos colaterais, como a ginecomastia, ou seja, o
aumento das mamas masculinas e a disfunção erétil, que é a maior
preocupação dos pacientes. Porém, ocorre em uma parte baixíssima de pacientes,
em torno de 1%, e é reversível, ou seja, suspendeu o uso, em um ou dos dois já
estrará tudo normalizado. Qualquer pessoa pode fazer o uso, no entanto é mais
indicado para jovens.
Questionado sobre os tratamentos
caseiros, César garante que não proíbe o uso e que todas as formas são
justificáveis, desde que traga benefícios. “O óleo de coco possui alguns ácidos
como o caprílico e cáprico, e as pesquisas em andamento apontam que eles
possuem um poder semelhante ao do finasterida, só que em concentração menor,
claro não precisa ser feito todos os dias o uso, pode ser de 15 em 15 dias”.
Quando se fala dos procedimentos
estéticos o que não falta é tendências, e a micropigmentação surgiu como uma
forma de amenizar a calvície, César comenta que esse procedimento é como se
fosse uma tatuagem, que utiliza a cor semelhante à do cabelo do paciente, porém
existe alguns prós e contras, pois devido a passagem de tempo a cor da tinta
vai ficando mais azulada e o cabelo esbranquiçado, o profissional ressalta que
nem sempre é uma opção que o paciente quer.
Um dos tratamentos mais requisitados
do momento é a técnica plasma rico em plaquetas (PRP), elaborada para a
regeneração natural das células do corpo. Esse procedimento, conforme
ele, não necessita de química externa apenas materiais vivos do mesmo
organismo. São coletadas pequenas amostras de sangue e processado em uma
centrífuga para obtenção do plasma, esse mesmo material é injetado no couro
cabeludo como forma de reativar as células mortas e estimular o crescimento.
“Nesse procedimento é aplicado anestesia no local a ser executado, não oferece
risco nenhum a pessoa, ela pode jogar, ver um filme ou escutar música enquanto
é feito”, ressalta.
E entre as dicas, o médico enfatiza
que uma boa orientação no manuseio do cabelo é evitar utilizar água
muito quente, pois faz com que as escamas fiquem mais expostas, causando danos
ao fio, e relembra que o transplante capilar é indicado em pessoas acima de 25
anos