Ansiedade um “contratempo” como se fosse uma catástrofe


264 milhões de pessoas no mundo sofrem com transtornos de ansiedade

Renan Santos

O Brasil tem mais de 9% da população com algum transtorno de ansiedade
O desafio maior de lidar com a ansiedade na atualidade talvez seja dosar essa reação do nosso sistema de defesa interno para fazer uma leitura saudável do entorno, garantindo ao menos que situações ambíguas não causem crises tão agudas e prolongadas a ponto de debilitarem a vida e as relações pessoais.

Segundo informações divulgadas no Fantástico um levantamento sobre depressão publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 264 milhões de pessoas no mundo sofrem com transtornos de ansiedade. O Brasil tem mais de 9% da população com algum transtorno de ansiedade, ou seja, quase três vezes mais que a média mundial. São mais de 18 milhões de pessoas nessa situação. Os traços da doença podem aparecer em qualquer fase da vida, como na adolescência, período marcado por transições, experiências e complicações.

Em entrevista com o psiquiatra Kleber Meneghel Vargas, ele fala que ansiedade é uma sensação de desconforto, físico e psicológico, onde a pessoa tem uma tendência a sentir uma preocupação constante com o futuro ou com coisas que estão ou não para acontecer, fazendo com que ela não consiga definir o foco disso. “Normalmente as crises vem associadas a sintomas físicos conhecido como angustia, onde a pessoa tem sensação de aperto no peito, mal estar, náuseas, taquicardia e tremor” explica o médico.

O psiquiatra destaca que a ansiedade surge como um fator multifatorial, que existe um componente biológico muito importante que algumas pessoas já tem um funcionamento da área cerebral alterada, podendo estar relacionado a alteração de alguns neuros transmissores.

A ansiedade em si não é uma doença ou um problema, e que no ponto de vista biológico. “Ela até nos protege, nós faz diminuir os riscos, fazendo com que tenhamos cuidados para fazer determinadas coisas, como se preparar para uma prova difícil, teste físico ou uma entrevista de emprego” afirma Kleber.

Os cuidados para o tratamento da ansiedade de modo geral, incluem medidas farmacológicas e não farmacológicas, dependendo da gravidade de cada caso. Em um quadro de ansiedade leve, mudança de hábitos de vida, fazer atividade física aeróbica regular, psicoterapia, evitar estimulante como excesso de cafeína, atividades de lazer, pode ajudar muito.

Nos quadros moderados e graves, além das medidas não farmacológicas, o de uso de medicamentos específicos para tratamento da ansiedade normalmente se utiliza uma classe de medicamentos chamada “antidepressivos”, é muito eficaz para o tratamento da ansiedade.

Portanto para quem nasceu numa época cada vez mais parceira para o bem e para o mal – de toda essa ansiedade, talvez valha como estratégia adotar o “primeiro passo” mais universal já inventado: pense em um problema de cada vez. Pensou e chegou a uma solução? Aplique a solução. Resolvido? Vá para o próximo problema. E leve a vida, ansiosa ou não, em frente.