“Valor da Vida e do Próximo”: palestra reflete sobre o massacre de Suzano


O evento foi realizado pelos cursos de licenciaturas da Uniderp

 Caio Tumelero

O auditório estava lotado pelos alunos.
Foto: Thiago Lung
Os cursos de licenciaturas da Universidade Uniderp realizaram, na noite da terça-feira (19), uma palestra com o objetivo de refletir sobre o massacre da Escola Estadual Raul Brasil, que deixou 10 pessoas mortas e dezenas de feridos, na cidade de Suzano, interior de São Paulo.

Intitulada como “Valor da Vida e do Próximo”, o evento ocorreu no auditório Professor Plínio Mendes dos Santos, no bloco cinco da universidade. De acordo com Fabiane Gomes da Silva, coordenadora dos cursos de licenciaturas, depois do acontecido em Suzano, os acadêmicos ficaram impactados com o acontecido, então, resolveram fazer um momento de reflexão. “Não estamos aqui para discutir os motivos que aconteceram, mas sim refletir sobre a valorização da vida”, enfatiza.
   
Muitos alunos compareceram vestidos de branco, cor símbolo da paz. Alguns cartazes com mensagens de “mais amor menos ódio” e pedindo o fim da violência estavam colados nas mesas do palco do auditório. Para a acadêmica de Pedagogia, Melinda Alves dos Santos, a ação “é importante para conscientizar os futuros profissionais na área da educação, pra poder levar para sala de aula e qualquer outro ambiente escolar e trabalhar melhor com esses jovens, que estão se frustrando muito e não estão sabendo lidar com a situação”.

O palestrante foi o professor de Humanidades e Literatura da Uniderp, Antônio Vanderlei. Ele abriu a palestra dizendo que no início se recusou a fazer o evento. O motivo era porque não queria repercutir essas questões de tragédias e violências. Mas após conversar com colegas psicólogos, achou melhor participar e tratar o tema, de forma que as pessoas conversem e saibam mais sobre esses assuntos, para poder identificar e ter melhores atitudes para lidar com essas questões.   

Jurandi Libero, acadêmico do 6° semestre de Jornalismo
Foto: Thiago Lung
Além de acolhimento, o amor ao próximo e a empatia também foram questões levantadas na palestra, pois, com a correria de hoje em dia, são atitudes cada vez mais raras. É o que pensa Jurandi Libero, acadêmico do sexto semestre de Jornalismo. Ele observou atentamente a palestra, que achou muito interessante. Com a experiência de seus 62 anos, ele diz que “o ser humano está perdendo a sensibilidade e o respeito ao próximo”, e finaliza dizendo que se continuar nessa situação “vamos caminhar para o fim da humidade”.