Com intervenções em diversos pontos da cidade, artista encontra diversos tipos de públicos e opiniões
Mayara Ferandes
Leonardo Mareco |
A Arte Urbana, surge no Brasil na década de 70, mas
precisamente em obras de grafite nas paredes da cidade de São Paulo. Em meio ao
advento da Ditadura Militar, com um inicio marginalizando, era usada como forma
de críticas sociais, políticas e econômicas da realidade do país. Essa forma de
arte vem tomando um constante crescimento e nos últimos tempos tem ganhado um
valor cultural e mostrando que as manifestações populares podem ser envoltas de
arte e de diferentes formatos culturais.
Apesar de muitos artistas de ruas, serem consagrados mundialmente,
com reconhecimento midiático em diversos meios de comunicação de massas, muitos
deles ainda vivem em uma situação regionalizada, apresentando suas obras e seus
em um ambiente restrito. Leonardo Mareco, artista visual de Campo Grande,
sempre foi interessado por arte, mas o interesse se intensificou na
adolescência quando conheceu a cultura de rua, como o grafitti e todas as
vertentes da arte urbana. Encantado com tanta informação e diferenças, os
artistas deram início a uma busca de informação para ter mais conhecimento
sobre a história da arte.
“Tudo que eu vejo, vivo e convivo! Acontece coisas
diariamente nesse mundo louco, e tudo isso é uma forma de inspiração para mim,
sejam coisas boas ou ruins, tudo está sendo absorvido de alguma forma e em
algum momento é expressado na minha arte” explica.
Trabalhando com o lambe-lambe, cartazes fixados com
cola, espalha a sua arte por diferentes pontos da cidade gerando interação com
o público que geralmente leva alguma mensagem de resistência e manifesto. Com
trabalhos de ilustrações e projetos independentes, Mareco se identifica mais
com a arte do grafitti e suas vertentes.
Com alguns projetos independentes, Leonardo já
participou de diversas exposições com alusão a consciência negra e diversas
outras temáticas. Em sua primeira exposição individual, teve como oportunidade
estar expondo na galeria de vidro na região da feira central, onde apresentou
trabalhos com temáticas de cunho social.
“Meu objetivo é continuar desenvolvendo essa interação
com as pessoas através da minha arte, espero que se torne cada vez mais
acessível e comunicativa podendo dessa forma conscientizar as pessoas” conta o
artista.
Com intervenções em diversos locais e eventos da
cidade, o artista conta que encontra diversos tipos de públicos e opiniões,
podendo ser perigoso em alguns momentos ao gerar conflitos de ideias, mas como
artista se sente prazeroso ao observar como a arte pode mudar a visão de mundo
de várias pessoas.
As artes e intervenções podem ser vistas em diferentes
pontos da cidade, fiquem atentos e apreciem o trabalho.