Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade
Nany Sene
Foto: Khosrork/iStock |
Vivemos na era da globalização onde tudo é para ontem e as
informações circulam na velocidade da luz, no meio de tanta correria do dia a
dia, muitas vezes não sobra tempo para quase nada, principalmente para cuidar
do presente. Segundo a psicóloga Lígia
Burton Ferreira os transtornos de ansiedade são hoje os mais diagnosticados,
tanto que um estudo de epidemiologia de São Paulo mostrou que 10% da população
sofre de ansiedade.
Segundo
a psicóloga existe uma diferença entre ansiedade e angustia. “A ansiedade está
relacionada ao desejo, a essa crise do desejo, de querer muito algo e não saber
se vai acontecer ou não querer muito uma coisa e ter medo de não conseguir
evitar. Já a angústia é algo que muitas vezes é a passagem para o ato ou a
somatização. Então, em muitos momentos, o sujeito nem sabe que está ansioso,
resolve na ação ou existe um desconforto, podendo estar acompanhado de dores,
como dor de garganta, enxaquecas” explicou Ligia Burton.
De
acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM-IV)
existem diferentes tipos de diferentes de ansiedade:
Transtorno do pânico
(com ou sem agorafobia) “o indivíduo sente fortes sensações de que está para
morrer, como se estivesse tendo um ataque do coração ou então, sente que está
perdendo o controle, que está enlouquecendo ou perdendo a consciência”.
Transtorno de ansiedade generalizada
(TAG)
“não está ligado a sensações corporais específicas como no tipo anterior. No
TAG, o estresse ou preocupações excessivas podem ser levantados como causas de
pensamentos e sentimentos que desencadeiam a ansiedade”.
Fobia social (ou a ansiedade social) “é
um dos tipos de ansiedade mais comuns e a acontecem sempre em situações
públicas, tendo por base a avaliação que os outros podem ter de um dado desempenho.
”
Transtorno de estresse pós-traumático
(TEPT) “ é causado por um trauma, por um evento terrível que realmente
aconteceu na história da pessoa”.
A
psicóloga explica que o tratamento indicado é a psicanálise e de acordo com o ponto de vista psicanalítico não
existe cura por se tratar de um conceito problemático, como a vida é
constituída de momentos bons e ruins e não existe como controlar determinadas
situações e por conta disso é possível voltar para a terapia a qualquer
momento.
“A psicanálise como um tratamento vai se
ocupar da linguagem que o inconsciente esta usando, através do afeto da
angústia e ansiedade para se manifestar. A psicanálise vai tratar a ansiedade,
sempre que o paciente a identificar como algo que prejudique a sua vida em qualidade
” explica Ligia Burton.
Psicóloga Lígia Burton Ferreira CRP
14/07526-3
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