Apesar da queda nos índices, ainda há um desequilíbrio no mercado
Jurandi Libero
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Foto:
gustavomellossa/Getty Images
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Uma pesquisa realizada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a taxa
de desemprego recuou para 11,8% da população economicamente ativa no trimestre
que terminou em julho de 2019. Esta queda fez com que 609 mil pessoas voltassem
ao mercado de trabalho. Este foi o melhor resultado desde julho de 2018 quando
a taxa era de 12,8%.
Houve também um aumento
no nível de ocupação de pessoas que sobrevivem sem carteira assinada e pelo
trabalho por conta própria. Este ano o aumento no nível de ocupação dos que não
tem carteira assinada cresceu 3,9%, e no ano de 2018 este aumento foi de 5,6%,
e também houve um aumento do que trabalham por conta própria. Passou de 1,4 em
2018 para 5,0% em 2019.
“Apesar da queda de
desocupação, ainda é alto a geração de empregos sem carteira assinada e por
conta própria. Hoje os sem carteira
assinada são cerca de 2,4%, e foi de 1,3% no período anterior, no setor
privado, o mercado ficou estável enquanto no mercado informal continua em alta”
explicou Simara Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
Mas não deixa de ser uma
boa notícia, visto que este estava estabilizado e há uma perspectiva de
recuperação para os próximos meses. O desemprego ainda é elevado no Brasil e
tem diversos fatores; o baixo investimento privado, o excesso de gasto público,
a qualidade do ensino em geral, principalmente na formação técnica e os custos
financeiros na folha de pagamento no geral.
Outro motivo tem sido a
desistência pela busca de uma vaga no mercado de trabalho, associado a
queda do
poder aquisitivo. Também contribui os baixos salários pagos pelo mercado devido
a oferta e o ganho maior na “informalidade”.
Um dos fatores que
influenciam fortemente na questão do desemprego é a procura especifica por mão
de obra extremamente qualificada, para as mais diversas áreas do conhecimento,
tais como alta tecnologia, agronegócios, novas fronteiras agrícolas com
produtos tipo exportações e as qualidades e desejos empreendedores do povo
brasileiro.