Houve um aumento no percentual de casos diagnosticados e é necessário avançar na prevenção
Jhenifer Renata
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| Reprodução Internet |
Neste mês é
celebrado o Outubro Rosa que busca conscientizar a população sobre o câncer de
mama. Em um evento que aconteceu no Rio de Janeiro foram apresentados dados que
apontam que a mortalidade do câncer de mama do Brasil é baixa em relação a
outros países. O país está situado na segunda faixa mais baixa.
A análise da situação do câncer de mama no Brasil foi
apresentada pela área técnica do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e aponta
que o país tem uma taxa de 13 por 100 mil casos ao lado de países desenvolvidos
como Estados Unidos, Canadá e Austrália, e melhor de que alguns deles, como a
França e o Reino Unido. Entretanto, figura também na segunda faixa mais alta de
incidência de câncer de mama entre todos os países com uma taxa de 62,9 casos
por 100 mil mulheres (taxa padrão utilizada mundialmente).
O câncer de mama
é segundo tipo que mais acomete mulheres no Brasil, representando em torno de
25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. A mortalidade está ligada
principalmente ao acesso a diagnóstico e tratamento adequado no tempo oportuno.
Ainda em estágios iniciais da doença, quando identificada, o tratamento é mais
efetivo.
Houve um aumento no percentual de casos diagnosticados
nos estágios in situ e I de 17,3% em 2000 para 27,6% em 2015.
Mas essa proporção continua muito baixa na região Norte (12,7%), em contraste
com as regiões Sul (29,2%) e Sudeste (30,8%). Mas é necessário avançar na
prevenção e diminuição das desigualdades regionais e socioeconômicas.
Segundo o INCA, são estimados 59.700 casos novos de
câncer de mama em 2019. O exame de mamografia de rotina em mulheres sem
sintomas ou sinais da doença em suas mamas (rastreamento), deve ser realizado
um a cada dois anos por todas as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. No
ano de 2018 foram realizados 2.456.101 exames de mamografia (tipo bilateral
para rastreamento), exclusivamente pelo SUS.
O Ministério da
Saúde e INCA reforçaram a mensagem da campanha, que destaca os três pilares
estratégicos de controle da doença: prevenção primária, diagnóstico precoce e
mamografia. As mensagens chamam atenção ao cuidado com as mamas, os motes são:
“Cada corpo tem uma história. O cuidado com as mamas faz parte dela” e “Embora
diferentes, temos algo em comum: o cuidado com o nosso corpo”.
