Mesmo após protestos fronteira entre Paraguai e Brasil continua fechada

Comerciantes da região protestam contra fechamento

Johnny Gomes

Reprodução/Meridional FM
Mesmo após milhares de comerciantes que protestaram por uma rápida ativação da economia na região da fronteira, o governo paraguaio decidiu manter fechadas as fronteiras do país, apesar de todos os pedidos dos comerciantes nas cidades próximas ao Brasil.

O presidente doa Paraguai, Mário Abdo Benítez que entende a preocupação dos comerciantes, pediu compreensão com a situação, que tem a função de conter a propagação do coronavírus.

A redução na curva das contaminações do lado brasileiro é um dos fatores determinantes para a liberação futura da fronteira. "Com dor na alma, quero enviar uma mensagem àqueles que sofrem no norte, que o sacrifício que estão fazendo é para salvar a vida de pessoas inocentes” a declarou Benítez durante sua visita em Concepción.

O presidente também anunciou que os programas de subsídios serão fortalecidos, com especial atenção aos habitantes de cidades fronteiriças como Salto del Guaira, Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero, entre outras.

Em meados de março, o Paraguai anunciou o fechamento das fronteiras como uma das primeiras medidas para impedir a circulação do vírus, e a situação no Brasil, segundo país com mais casos em todo o mundo, torna improvável uma reabertura em curto prazo.

Com as aulas nas escolas paraguaias suspensas o governo advertiu que as escolas serão uma das últimas atividades a retornarem, após estudos e verificações de se fazer sem risco para os estudantes. “Todo o esforço que tem sido feito pode ser perdido se permitirmos a abertura de fronteiras” destacou o presidente.

O primeiro caso de coronavírus no Paraguai foi detectado em 7 de março, e alguns dias depois decretou quarentena para evitar a propagação do covid-19. Até o momento, o país vizinho relatou 1.145 infecções, com 11 mortes.

O presidente deixou claro que a fronteira permanece fechada até que o surto do coronavírus seja controlado no lado brasileiro, deixando claro que a questão da saúde vem antes da questão econômica.