Sem apresentações presenciais, profissionais da música reinventam formas de trabalhar
Yara Borges
"Para quem é sonhador e ama o que faz, não tem
tempo ruim" Nathan Reinjak Foto: Arquivo pessoal |
Diante a pandemia do novo
coronavírus, muitas atividades foram duramente atingidas, em especial do
segmento de eventos, entretenimento e artístico. No caso dos músicos eles
ficaram impedidos de realizar shows, que foram proibidos para atender medidas
sanitárias que impedem aglomeração de pessoas. Os profissionais da música
tiveram que se reinventar neste novo cenário imposto pela pandemia.
O cantor de rap, Nathan
Reinjak, afirma que a chegada da pandemia prejudicou seu trabalho de muitas
formas. “A maior dificuldade que tive foi de manter meus projetos em andamento
sendo que para o músico não independente é muito difícil lançar projetos,
alimentar a constância de lançamentos para não perder seus números que
basicamente é a renda do artista, são vários fatores como gravação vocal,
gravação de clipe, apresentações e entre outras. Infelizmente a pandemia barrou
esse convívio social e para nós músicos que trabalhamos com pessoas, afetou
bastante”, ressalta.
Impedido de fazer
apresentações, o músico aproveitou o momento para aprimorar seu trabalho. “Com
esse tempo em casa, procurei aprender eu mesmo produzir as minhas próprias
músicas, procurei estudar sobre produção musical e entender mais do meio da
Internet, marketing e publicidades. Para não parar comecei a gravar meus
projetos pelo celular mesmo e como tinha um Notebook finalizava por lá” conta
Nathan.
Sem apresentação
presencial, o uso de redes sociais para divulgação entrou na rotina do músico,
“a Internet tem um poder absurdo de interação com quem gosta do seu trabalho, é
claro que não se compara com a energia trocada em um show mas se você for
sempre ativo nas redes dá para conciliar e manter contato com quem gosta do seu
trabalho".
Em meio à tantas
dificuldades nesse ano, muitas pessoas conseguem tirar coisas boas desse
momento, no caso do cantor ele procurou se dedicar ainda mais na música,
aprender e empreender.
Para o jovem músico, são
novos tempos que exigem outras formas de continuar tocando sua
carreira. “Consegui montar meu próprio Home Studio com os equipamentos mais
básicos possíveis, porém com muita vontade e dedicação em aprender e não parar
de fazer o que me mantém vivo, e para quem é sonhador e ama o que faz, não tem
tempo ruim”, finaliza.