Ministro da Saúde garantiu que toda a população será imunizada, e que 300 milhões de doses serão aplicadas na primeira etapa
Thaís Cintra
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Pazuello frisou que o Brasil deve se manter unido na luta contra a Covid-19 Foto: Youtube TV Brasil |
Nesta terça-feira (8) o ministro da saúde, Ricardo Pazuello, fez pronunciamento transmitido pelas redes sociais do Governo Federal, afirmando que a Pfizer, empresa que iniciou a aplicação da vacina em caráter emergencial à pacientes do Reino Unido, firmou hoje um acordo com o Brasil, garantindo 300 milhões de doses da vacina para a população brasileira a partir de fevereiro de 2021.
Segundo Pazuello, um acordo está sendo firmado com o laboratório internacional, e a contratação dos medicamentos está em fase de memorando, já que o Brasil se atenta aos acontecimentos mundiais. "Assinamos uma carta de intenções, garantindo mais 70 milhões de doses da Pfizer, já iniciando em janeiro de 2021" pontuou.
Pazuelo afirmou que 142 milhões de doses de vacina estão sendo produzidas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), inicialmente recebendo parte da vacina já pronta da Astrazenica e em seguida, o medicamento será produzido a partir do insumo farmacológico, com a transferência da tecnologia. Segundo o ministério, o Brasil importou a tecnologia da Astrazenica, com 100 milhões de doses no primeiro semestre e 160 milhões de doses no segundo semestre do ano.
No início da live, o ministro lamentou todas as mortes por covid-19, ocorridas desde o início da pandemia e frisou que o Brasil é um país continental, lar de brasileiros e brasileiras cheios de sonhos, projetos e esperança. "Esperança é tudo o que todo brasileiro sonha nesse momento, deseja uma vacina que seja comprovadamente segura, eficaz e com total responsabilidade para ele e para sua família", ressaltou.
De acordo com Pazuello, a competência de vacinar a população brasileira é do Ministério da Saúde e por isso o Programa Nacional de Imunização já está em andamento. Ele reforça que no momento o país não deve ser "dividido" em relação à escolha de qual vacina será ministrada primeiramente. Afirmou que o Ministério acompanha a evolução da produção de imunizantes contra à covid-19 em passos acelerados, e que ao todo, 270 produtores no mundo estão desenvolvendo a medicamento.
"Acompanhamos todos, e o Brasil já possui atualmente, mais de 300 milhões de doses da vacina, garantidas por meio de acordos nacionais e internacionais esperando a aprovação por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", reforçou.
Ainda segundo o ministro, o Brasil entrou no consórcio da Covax Facilty ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), onde todos os países podem adquirir a vacina considerada segura e eficaz, e com preço equitativo. "Nove a dez produtores participam da produção da vacina. O contrato será firmado com a Covax Facility assim que as vacinas forem registradas", afirmou.
"Todas as vacinas deverão ter registro da Anvisa, além da comprovação de eficácia para ser aplicada. Qualquer vacina, seja ela fabricada no Brasil ou não, será alvo de contratação do Governo Federal. Todos os memorandos estão sendo assinados", finalizou.