A câmara deve analisar a cassação do ex-presidente da Casa nesta segunda-feira (12)
Tainan Gama
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A data desta segunda-feira (12) foi sugerida pelo
deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que é relator do processo para cassação de
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho Regional de Ética.
"Em relação ao que se vota, se é resolução ou parecer, estou
absolutamente tranquilo que o que se vota é o parecer do Conselho de Ética, e
não o projeto de resolução", ressaltou em entrevista à Câmara.
Para que Cunha perca o mandato de deputado federal, é necessário
que, pelo menos, 257 dos 513 deputados votem a favor da cassação.
Segundo Marcos Rogério, Cunha mentiu à CPI da Petrobrás
com o objetivo de esconder o recebimento de propina obtida do esquema de
corrupção que atuava.
"Essas contas eram utilizadas para recebimento de vantagens
indevidas, portanto, não é uma simples mentira. É uma mentira que tinha como
objetivo ocultar práticas de crimes gravíssimos", enfatizou.
Apesar das tentativas de manobra da "tropa de
choque", como são conhecidos os aliados de Cunha, o relator
espera que o quórum da sessão desta segunda-feira seja alto.
"Acho que vamos ter a Casa cheia e com a aprovação do parecer
pela ampla maioria. Essa é a minha expectativa."
O processo de quebra de decoro parlamentar do deputado do PMDB já
é o mais longo da história da Casa.