Diagnóstico precoce e acesso a medicamentos: Conheça os direitos da criança e do adolescente com Transtorno do Espectro Autista em Campo Grande

Por Karol Duarte 


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Foto: Freepik 


Em Campo Grande, estão em vigor, desde 2017, dois Projetos de Lei, que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), principalmente crianças e adolescentes, com foco na proteção e ampliação de seus direitos.

Dados do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC), publicados em 2021, mostram que o Transtorno do Espectro Autista atinge de 1% a 2% da população mundial e cerca de dois milhões de pessoas no Brasil. De acordo com a Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande, embora não haja estatísticas reais, existem aproximadamente oito mil autistas na capital de Mato Grosso do Sul.

Entre os direitos essenciais, descritos na Política Municipal dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, destacam-se o direito a proteção contra qualquer forma de abuso, exploração, violência ou discriminação, direito a segurança e lazer, além do direito às ações e serviços de saúde.

Quando relacionados a saúde, os direitos incluem o diagnóstico precoce, mesmo que não seja definitivo, atendimento multiprofissional, direito à alimentação adequada e medicamentos necessários para melhorar a qualidade de vida dos autistas. Além disso, estabelece atendimento preferencial em unidades de saúde, tanto públicas, quanto privadas.

A fisioterapeuta Graziela Silva, explica sobre a importância do diagnóstico precoce. “Eu vejo que com o diagnóstico precoce é possível abordar um plano de tratamento para esse paciente com uma maior eficácia, pois no autismo conseguimos observar diferentes graus de indivíduo para indivíduo. Logo, com o diagnóstico precoce, conseguimos ajudar o paciente no seu cotidiano, como por exemplo: desenvolvendo e estimulando seu convívio com as pessoas ao seu redor e suas habilidades sociais”, ressalta.

O atendimento preferencial em unidades de saúde não é o único em vigor na capital. É possível encontrar o símbolo mundial do Transtorno do Espectro Autista nas placas de atendimento prioritário de estabelecimentos como supermercados, farmácias, bancos e lojas em geral. 


Foto: Placa de atendimento prioritário / Arquivo pessoal