Algumas ações básicas podem ser feitas para evitar o contágio
Por: Layane Costa
Volume de mosquito preocupa agentes de saúde na Capital |
Mato Grosso do Sul já registrou 23.481 casos prováveis para a dengue conforme o último boletim epidemiológico divulgado. Neste ano já foram registrados 12 óbitos, porém mais 6 estão em investigação. Esses números deixam as autoridades de saúde em alerta, pois no ano anterior tiveram 21.328 casos confirmados, com 24 óbitos.
O Coordenador do Controle de Vetores Vagner Ricardo
dos Santos, explica que as condições climáticas atuais são favoráveis para o
mosquito Aedes Aegypti. “Nesse tempo de chuva e calor, temos uma infestação que
passa de 2% na Capital, ou seja, para cada 100 imóveis, dois pelo menos tem
foco, é um volume muito grande de mosquitos” explicou Vagner.
Ainda a visita nas residências é importante para a
população. “Nós seguimos as ações que estão descritas nos planos de
contingências, mas a que dá mais resultado é a visita dos agentes nas
localidades, na detecção do foco, orientação dos moradores e na remoção dos
criadouros” declarou o coordenador.
O coordenador reforça que não está sendo feito ações
com inseticidas, pela falta do produto no Brasil. “ O fumasse não está sendo
aplicado na rotina de trabalho, em casos de dengue, porque está sem
inseticidas. Então para que isso, não traga um mal maior, a gente faz um
trabalho de manejo que é a retirada dos criadouros das áreas, fazendo o
monitoramento”.
A comunidade é uma peça fundamental para não haver
proliferação. “É recomendado que o morador ligue para o 156 lá pode ser feito a
denúncia, de forma anônima. É importante pois é direcionado para o controle de
vetores, é só informar os detalhes de como está o local. Com isso é feito a
triagem e alguém vai até o local fazer a vistoria. É gerado um número de
protocolo e a pessoa consegue acompanhar o andamento do pedido”.
Vagner ainda alerta “é importante a ajuda da
população nesse momento, pois conseguimos observar por essas demandas como está
o cenário em toda a cidade. O número de agentes não consegue cobrir a cidade
toda, mas temos profissionais em todas as localidades”.
Beber muita água é importante durante o período em
que o paciente está contaminado pelo vírus. “Máximo de ingestão de água
possível, reposição com soro de reidratação oral em casos de pacientes que
apresentem vômito ou sinais de desidratação, repouso absoluto e não se
automedicar. Antitérmico e anti-inflamatórios só se for prescrito por um
profissional da saúde ” explicou a enfermeira Paula de Lucena Lopes.