Por Simonne Schulz
Muitos animais vivem nas ruas sem cuidados, sem comida, sem proteção contra doenças e sem esterilização, o que pode aumentar a população. De acordo com pesquisa realizada pelo IPB (Instituto Pet Brasil), o Brasil conta hoje com mais de 185 mil animais abandonados ou resgatados por maus tratos, sob a tutela das ONGs e grupos de Protetores. Desses 177.562 (96%) são cães e 7.398 (4%) são gatos. Os abrigos de médio porte destacam-se por tutelar mais de 60 mil animais. Portanto, são responsáveis por mais de 40% da população de pets disponíveis para adoção. Em Mato Grosso do Sul existem diversas organizações locais e abrigos de animais que prestam serviços importantes para os animais necessitados, resgatando esses animais abandonados e maltratados.
Graziela faz parte desse quadro. Cuidadora independente, que cuida de mais de 20 gatos em sua casa, todos esterilizados e vacinados, além dos gatos que moram em sua casa, ela cuida de mais 5 pontos nas ruas do bairro Rita Vieira, onde leva comida e água para os gatos, gatos de rua de manhã e à tarde. As gatas fêmeas são capturadas e castradas e depois devolvidas à rua, caso não haja adotante ou lar temporário. Graziela conta que falta atenção do governo para vigiar esses animais, botando comedouros e bebedouros espalhados pelos locais onde vivem e, em sua opinião, pelo menos uma casinha para eles se ampararem do frio do chuva e o sol. Dê a esses animais abandonados um pouco mais de qualidade de vida.
Para a advogada animalista Giovana Poker, há muito o que se fazer. As leis de proteção animal ainda são ineficazes. "Uma a das legislações obrigatórias é a obrigatoriedade dos órgãos estaduais de montar um hospital veterinário estadual para todos os animais com cuidadores de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade e abandono nas ruas", explica.